O comércio eletrónico (amplamente conhecido como e-commerce) tem crescido de forma evidente nos últimos anos. Todos os anos, precisamos cada vez mais dos nossos dispositivos electrónicos para fazer compras de qualquer tipo, confiando fortemente na Internet em vez de nos estabelecimentos presenciais. No entanto, nunca teríamos compreendido o verdadeiro significado do comércio eletrónico se não fosse o advento do SARS-CoV-2, conhecido como "COVID-19".

O comércio eletrónico é um fenómeno que existe no nosso país há vários anos. Apesar da sua existência, poucos o aproveitaram, pois poucos compreenderam a sua importância e o papel fundamental que iria desempenhar no futuro. Só um acontecimento verdadeiramente maciço e de grande impacto poderia mudar a subestimação do México em relação ao comércio eletrónico. Esse acontecimento foi a COVID-19, a pandemia de maior duração desde o século XX.

O advento de uma crise sanitária mundial deu origem a uma quarentena global. Mil milhões de pessoas, em todo o mundo, foram obrigadas a abandonar as suas actividades diárias e a ficar em casa. Os consumidores começaram este confinamento com cautela, evitando fazer compras devido a um futuro inesperado. No entanto, o comportamento dos consumidores mudou rapidamente e as compras em linha começaram a aumentar exponencialmente.

Estamos a viver um verdadeiro boom do comércio eletrónico. Os consumidores preferem fazer compras em linha graças à COVID-19, e parece que este pensamento se manterá num futuro próximo. De acordo com a terceira versão do estudo "Impacto da COVID-19 nas vendas em linha no México" da Associação Mexicana de Vendas em Linha ("AMVO"), o número médio de visitantes únicos diários dos sítios de comércio eletrónico aumentou 53% em comparação com a semana anterior à quarentena. Por outro lado, de acordo com o eMarketer no seu estudo "Latin America Ecommerce 2020", o ano de 2020, como resultado da pandemia, resultará em 2,2 milhões de mexicanos a comprarem algo online pela primeira vez. Isto faz do México o país número 1 da América Latina em crescimento de vendas de comércio eletrónico e o número 6 a nível mundial.

É evidente que a pandemia levou os mexicanos a adoptarem cada vez mais o mundo digital como fonte das suas compras. As compras presenciais tradicionais já não são tão atractivas como eram, e será difícil que as práticas de compras voltem a ser o que eram.

Hoje em dia, manter-se competitivo tem uma relação direta com a interação com o comércio eletrónico. Aqueles que optarem por aproveitar a oportunidade irão destacar-se, enquanto aqueles que não fizerem mudanças irão estagnar. É evidente que 2020 será um dos anos mais disruptivos para a economia do nosso país. No entanto, o comércio eletrónico parece ser o herói que ajudará as empresas mexicanas a ultrapassar este desafio. Tudo o que teremos de fazer é entrar em ação e confiar nesta nova, crescente e poderosa tecnologia. A questão é: está preparado?